quinta-feira, junho 30, 2005

Currículo hpertextual

Falar de Tecnologia e Educação e você perpetuar o modelo de ensino. É reestruturar o currículo da escola que já tem um "Modelo". O currículo deixa de ser uma grade curricular e passa a ser parte da comunidade escolar: professor-aluno-escola.
O texto de Bonilla, Tecnologia e Novas Educações trata justamente das transformações que a educação acontecem em cada área de conhecimento. Suas mudanças decorrentes da globalização contribuindo nos avanços tecnológicos que repercute constantemente na educação, como: programas curriculares, construções de instituições...
O texto faz comentário sobre espaço-tempo: você no locas se comunicando. Fala da educação singular - currículo único e plural - vários modelos de currículos escolares.
O currículo hipertextual é o novo conceito de um currículo que sai do tradicional "Modelo" e passa por reestruturação utilizando avanços tecnológicos, interagindo com todos questões sociais possibilitando assim construção de um novo saber e saindo dessa educação alienada.

Blog - relação das pessoas com as tecnologias e a implicação com a aprendizagem

A criação do meu BLOG foi muito importante para mim relacionar com outras pessoas de diversas culturas e conhecimento além de ser utilizada na disciplina Informática na Educação. O Blog é uma ferramenta de Internet que ajuda você a publicar e atualizar seu blog a todo instante, de qualquer lugar do planeta.É como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo.O conteúdo e tema dos blogs abrange uma infinidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, idéias, fotografias, enfim, tudo que a imaginação do autor permitir. Vários blogs são pessoais, exprimem idéias ou sentimentos do autor. Outros são resultado da colaboração de um grupo de pessoas que se reúnem para atualizar um mesmo blog. Entretanto, com isso tudo que foi dito é correto afirmar que o Blog tem implicações infinitas quando se fala de aprendizagem, pois existe uma relação com as pessoas em diversos campos de interesses possibilitando assim uma construção saber.

Produção de Vídeo na FACED e sua Importância na Educação

A disciplina Introdução à Informática na Educação propôs a produzir um Vídeo sobre o tabuleiro digital mostrando o descaso desse projeto que a principio foi um sucesso e entrevistando toda a comunidade que visitam a Faced que desse sua opinião sobre o tabuleiro digital na educação. Tivemos vastas opiniões sobre a questão do TD, sendo que os comentários foram mais negativos que positivos.
Agora falando da importância do Vídeo na Educação é importante salientar que são soluções imediatas para os problemas crônicos do ensino-aprendizagem. O Vídeo ajudam o bom professor, atraem os alunos, mas não modificam substancialmente a relação pedagógica.
Aproximam a sala de aula das linguagens e temas do cotidiano da sociedade, mas também introduzem problemas para o processo de ensino-aprendizagem.
O Vídeo na Educação é importante na documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas.

quinta-feira, junho 16, 2005

O Rádio na Educação

O rádio é a escola dos que não têm escola. É o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode ir à escola; é o divertimento gratuito do pobre; é o animador de novas esperanças, o consolador dos enfermos e o guia dos sãos - desde que o realizem com espírito altruísta e elevado." Com essas palavras, Roquette Pinto, o patrono do rádio brasileiro, costumava definir esse veículo tão popular e fascinante que é o rádio.

Apesar de todos os avanços tecnológicos, o rádio ainda é o grande companheiro. Todas as pessoas podem possuir um radinho de pilha e transportá-lo para todos os cantos. Ele se adapta à vida das pessoas sem muitas exigências. Para muitos, principalmente no interior do país, o rádio é a mais importante e às vezes a única fonte de informação.

Na educação, o rádio é bastante útil para divulgar iniciativas governamentais e estimular o controle social junto a pais, professores e diretores de escolas, beneficiários dos serviços públicos de educação, sobretudo nos locais onde os problemas de ensino se apresentam mais agudos (e onde se diz que “só o rádio chega”).
Como disse a pesquisadora e professora de rádio da Universidade e Brasília, Nélia Del Bianco: “se o rádio é uma das mídias mais populares, por que não utilizá-lo na divulgação de notícias sobre educação e na distribuição de programas radiofônicos educativos que transmitem idéias e mensagens visando à promoção humana e o desenvolvimento integral do homem, podendo estimular a reflexão e a transformação social?” (DEL BIANCO, 2000: 4)1.
Rede de Comunicadores pela Educação - Para fazer com que a educação tenha mais notícia no rádio, o Ministério da Educação, em parceria com entidades do terceiro setor, está atuando para consolidar uma Rede de Comunicadores pela Educação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O objetivo é ter mobilizados comunicadores para informar mais sobre a situação da educação nos municípios e assim estimular a participação da comunidade na vida escolar e na fiscalização dos recursos para o ensino público.
A rede está sendo articulada pelo Fundo de Fortalecimento da Escola, Fundescola, desde 1997, quando com o apoio do Unicef foi publicado o “Manual do Radialista que Cobre Educação” e treinados 565 radialistas dos estados do Nordeste em oficinas de radiojornalismo e educação. O Fundescola é um programa do MEC que conta com recursos do Banco Mundial para atendimento do ensino fundamental nas regiões mais pobres do país2.
Em 1998 começou a ser fornecido a esses comunicadores spots, jingles programas de rádio, como a rádio-novela “A Caminho da Escola”, e o “Boletim Técnico” do Fundescola para a cobertura da pauta da educação. Todos os membros da rede obtiveram autorização para retransmitir diariamente o programa de rádio sobre educação “Escola Brasil” da Rádio Nacional AM e Rádio Nacional Amazônia3, apoiado pelo Fundescola.
Em 2000, foram treinados mais 800 radialistas de 19 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essas oficinas foram realizadas por um consórcio de organizações não-governamentais, formado pela UCBC (União Cristã Brasileira de Comunicação Social), Rádio Extra – Projetos em Comunicação, Rádio Regional Cícero Dantas e AMEPPE (Associação Movimento de Educação Popular Integral Paulo Englert).
Em cada estado foram capacitados em média 40 radialistas de emissoras diferentes. Participaram das oficinas comunicadores de rádios comerciais, educativas, comunitárias e serviços de alto-falante.
Além das oficinas, as ONGs foram responsáveis pelas edições do informativo mensal “Educação no Ar” e pela publicação da “Cartilha do Radialista – Educação para Todos: Um Desafio de Comunicação”.
A realização das oficinas e produção de material para os radialistas vai ao encontro das recomendações de 150 jornalistas que participaram do encontro “Mídia e Educação”, realizado em novembro de 1999, em São Paulo. De acordo com os jornalistas, para promover a melhoria da qualidade da informação sobre educação deveriam ser criados fóruns regionais sobre mídia e educação e incentivar a formação permanente dos profissionais de comunicação e educação.

Rádio, no Brasil, é importante porque:

O país possui muitas áreas de complicado acesso, o que dificulta a divulgação de informação por meios impressos, como jornais, livros e revistas.

As taxas de analfabetismo são ainda muito altas, o que impede o aprendizado pela leitura.

Algumas faixas da população não dispõem de recursos para assinar jornais e revistas ou comprar televisores.

Ao contrário de outros países de proporções continentais e em fase de desenvolvimento, fala-se a mesma língua em todo o território nacional.

Conforme escreveu Mário Salimon, no livro Escola Brasil, "o povo brasileiro é verbal", gosta de conversar, dialogar, explicar as coisas. E a linguagem do rádio é assim, informal. Por isso, as informações são compreendidas com mais facilidade pelo público dessas regiões.

Mas, apesar de todas essas características favoráveis, o rádio ainda é um veículo pouco usado no Brasil para promover a educação. São raros os programas que tratam desse tema. Mas quando isso acontece, e o produto é bem elaborado, o retorno é garantido e imediato. O próprio Escola Brasil é o melhor exemplo disso.

Esse texto foi produzido pela professora de Português Simone Dantas do Colégio Estadual José Augusto Tourinho Dantas junto ao professor de Química Vinicius Silva. Foi elaborado com experiências vividas na própria rádio do colégio, dirigida pela professora e com a colaboração do professor Vinicius Silva baseado no texto Educação e Comunicação de Martha Scheimberg.

Radialistas na Educação

Interesse dos radialistas – A tentativa de formar uma Rede de Comunicadores pela Educação atesta a importância atribuída ao rádio como veículo para informar e mobilizar as pessoas em torno dos assuntos de educação. Resta saber se as emissoras de rádio estão cobrindo a pauta de educação e se os radialistas têm de fato interesse pelo tema.
Como disse a especialista em rádio, Sônia Virgínia Moreira, “o papel do radialista deve ser o de colaborar para que a comunidade receba informações sobre os investimentos e ações na educação e exija, junto com a comunidade, a melhoria da qualidade da escola junto às autoridades locais (...) Falar em educação pode aumentar a audiência dos programas de rádio. Muitos ouvintes têm filhos em idade escolar. Educação é notícia” (COSTA e NOLETO, 1997: 30).
As análises feitas sobre as oficinas de radiojornalismo e os programas distribuídos para a Rede de Comunicadores pela Educação demonstram que muitos radialistas têm essa percepção e estão interessados na pauta de educação.
A pesquisa por telefone feita pela Oboré Projetos Especiais em 1998 sobre a veiculação dos programas da série “A Caminho da Escola” descobriu que dos 926 radialistas contatados, 742 (80,1%) veicularam os programas e 577 (62,3%) utilizaram os spots e jingles distribuídos juntos.
A pesquisa verificou que 51,6% dos entrevistados têm interesse em receber com freqüência radiofônico sobre educação. Nos contatos telefônicos descobriu-se que os programas tiveram uso além das emissoras de rádio. Registrou-se o uso dos programas como material de apoio e educação a distância em salas de aula, reuniões de professores, pais e mestres, e encontros com a comunidade1.
O interesse pela pauta da educação e a boa recepção dos programas junto aos radialistas foram confirmados nas entrevistas com radialistas e visitas às emissoras de rádio do Ceará. Esse trabalho de campo acrescenta a qualidade técnica do programa sobre educação como fator de decisão para a sua veiculação. “Observa-se que há uma tendência significativa de melhor aproveitamento pelas emissoras comerciais, em especial aquelas situadas em pequenas cidades do interior. O radialista profissional tende a valorizar o produto pela sua qualidade técnica e de conteúdo. Ao aceitar veiculá-lo é movido pela vontade de apresentar ‘novidades’ para os seus ouvintes” (DEL BIANCO, 1999, 121).
Dados preliminares sobre os radialistas participantes nas oficinas de radiojornalismo realizadas em 2000 também apontam um alto interesse pela pauta de educação. Cerca de 85% dos comunicadores afirmou que sua emissora veiculava notícia sobre educação e 34% disse que a emissora veiculava programas sobre educação.
De acordo com os questionários aplicados, a pauta de educação do rádio parece mais positiva e focada na “busca de soluções” do que a grande imprensa. Trinta e dois por cento dos entrevistados respondeu que “soluções e alternativas para melhorar a educação” é o tipo de notícia que mais é veiculada, 21,7% disse que trata de denúncias e reclamações sobre a situação educacional do município e das escolas, 33% tratam dos dois tipos de notícia.
Ao contrário da imprensa escrita, a cobertura da educação no rádio é menos “chapa branca”, menos centrada no governo federal e mais próxima da realidade local e das escolas. Na questão sobre a procedência das notícias sobre educação que chegam às emissoras, 29,2% respondeu que a origem é do governo federal. Esse percentual é muito menor do que o verificado pela pesquisa Mídia e Educação sobre a cobertura da educação pela imprensa escrita, 74%2.
Os dados evidenciam as qualidades do rádio como meio de comunicação ágil e próximo dos ouvintes, mais propício para fazer a cobertura local da educação. Ainda no quesito cobertura governamental, percebeu-se que o rádio equilibra a procedência das notícias entre as três esferas de governo. A origem da informação é estadual em 25,8% das respostas assinaladas e tem origem na prefeitura ou na secretaria municipal de educação em 29,9% dos casos.
A maior proximidade dos ouvintes e das fontes não-oficiais de educação também é percebida quando os radialistas afirmam que a procedência da notícia é de dentro da escola ou da comunidade. Diretores de escolas foram indicados 23,5%, professores, 24,6%, alunos,18,5%, pais de alunos 15,4% (percentuais não-acumulativos). Além dos muros das escolas, o rádio também trata de educação quando dá voz ao seu público, os ouvintes foram indicados como a principal procedência das notícias sobre educação que chegam às emissoras (37%).
As avaliações feitas no âmbito da Rede de Comunicadores pela Educação atestam a importância do rádio para a educação, a vitalidade desse meio e a sua viabilidade para mobilização social.

Bibliografia:
CHAPARRO, M. C. Jornalismo na Fonte – s.l., s.n,, s.d.
COSTA, G. NOLETO, P. Chamada à Ação: manual do Radialista que cobre educação. BSB: Projeto Nordeste/Unicef, 1997
DEL BIANCO, N. Avaliação do Programa “Escola Brasil”. BSB: Fundescola/MEC, 2000
DEL BIANCO, N. Avaliação da estratégia de comunicação do Projeto Nordeste para o rádio. BSB: Fundescola/MEC, 1999
FERRARETTO, L. A. Rádio – o veículo a história e a técnica. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000
OBORÉ PROJETOS ESPECIAIS. Relatório da pesquisa e avaliação dos programas de rádio “a caminho da escola”. SP, 1999
ROSSETTI, F. “Resumo Executivo” in MÍDIA e EDUCAÇÃO: perspectivas para a qualidade da informação. BSB, 2000
VALENTIM, F. Avaliação do release ronoro “A Caminho da Escola”. BSB, Fundescola/MEC, 1999

Rádio e Educação

O rádio faz parte do cotidiano da maioria da população brasileira. Segundo a PNAD entre 1992 e 1997, o percentual de domicílios com rádio passou de 84,9% para 90,3%. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha na Grande São Paulo em dezembro de 1993 revelou que as pessoas, independente da classe social, passam mais tempo ouvindo rádio do que assistindo televisão, lendo jornais ou revistas. A audiência diária do veículo concentra-se no período de 8 às 18 horas, enquanto a da TV restringe-se ao horário de 19 às 22 horas.
A grande popularidade do rádio é atribuída ao caráter universal de sua linguagem - essencialmente coloquial, simples e direta -, além da empatia que procura estabelecer com o ouvinte ao atender suas demandas por lazer, música, entretenimento, informação e companhia. O rádio pode ser escutado em qualquer lugar, sem dependência de tomadas ou fios, e serve como fundo sonoro ao ouvinte ocupado com alguma outra atividade.
Se o rádio é o meio de comunicação que tem o alcance mais próximo do universal e com maior audiência ao longo do dia, também é o que está mais próximo do público mais pobre. Estima-se que, em média, 90% da classe de baixa renda, homens e mulheres de todas as idades, ouvem rádio cerca de três horas diárias (Marplan - 1992)1.
A proximidade com a população mais carente faz com o rádio seja utilizado nas campanhas de saúde, educação e outras áreas sociais que queiram mudar e consolidar novos valores e comportamentos. Ainda com baixa participação no mercado publicitário, o rádio tem sido o meio por excelência das estratégias de disseminação das esferas de governo e do terceiro setor para promover informação, educação e comunicação.
No caso da educação, o rádio é bastante útil para divulgar iniciativas governamentais e estimular o controle social junto a pais, professores e diretores de escolas, beneficiários dos serviços públicos de educação, sobretudo nos locais onde os problemas de ensino se apresentam mais agudos (e onde se diz que “só o rádio chega”).
Como disse a pesquisadora e professora de rádio da Universidade e Brasília, Nélia Del Bianco: “se o rádio é uma das mídias mais populares, por que não utilizá-lo na divulgação de notícias sobre educação e na distribuição de programas radiofônicos educativos que transmitem idéias e mensagens visando à promoção humana e o desenvolvimento integral do homem, podendo estimular a reflexão e a transformação social?” (DEL BIANCO, 2000: 4)2.
Rede de Comunicadores pela Educação - Para fazer com que a educação tenha mais notícia no rádio, o Ministério da Educação, em parceria com entidades do terceiro setor, está atuando para consolidar uma Rede de Comunicadores pela Educação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O objetivo é ter mobilizados comunicadores para informar mais sobre a situação da educação nos municípios e assim estimular a participação da comunidade na vida escolar e na fiscalização dos recursos para o ensino público.
A rede está sendo articulada pelo Fundo de Fortalecimento da Escola, Fundescola, desde 1997, quando com o apoio do Unicef foi publicado o “Manual do Radialista que Cobre Educação” e treinados 565 radialistas dos estados do Nordeste em oficinas de radiojornalismo e educação. O Fundescola é um programa do MEC que conta com recursos do Banco Mundial para atendimento do ensino fundamental nas regiões mais pobres do país3.
Em 1998 começou a ser fornecido a esses comunicadores spots, jingles programas de rádio, como a rádio-novela “A Caminho da Escola”, e o “Boletim Técnico” do Fundescola para a cobertura da pauta da educação. Todos os membros da rede obtiveram autorização para retransmitir diariamente o programa de rádio sobre educação “Escola Brasil” da Rádio Nacional AM e Rádio Nacional Amazônia4, apoiado pelo Fundescola.
Em 2000, foram treinados mais 800 radialistas de 19 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essas oficinas foram realizadas por um consórcio de organizações não-governamentais, formado pela UCBC (União Cristã Brasileira de Comunicação Social), Rádio Extra – Projetos em Comunicação, Rádio Regional Cícero Dantas e AMEPPE (Associação Movimento de Educação Popular Integral Paulo Englert).
Em cada estado foram capacitados em média 40 radialistas de emissoras diferentes. Participaram das oficinas comunicadores de rádios comerciais, educativas, comunitárias e serviços de alto-falante.
Além das oficinas, as ONGs foram responsáveis pelas edições do informativo mensal “Educação no Ar” e pela publicação da “Cartilha do Radialista – Educação para Todos: Um Desafio de Comunicação”.
A realização das oficinas e produção de material para os radialistas vai ao encontro das recomendações de 150 jornalistas que participaram do encontro “Mídia e Educação”, realizado em novembro de 1999, em São Paulo. De acordo com os jornalistas, para promover a melhoria da qualidade da informação sobre educação deveriam ser criados fóruns regionais sobre mídia e educação e incentivar a formação permanente dos profissionais de comunicação e educação.

Vinicius Silva.

Masculinidades e Violencias

Masculinidades e Violências

Por que enfocar masculinidades e violências?

Pesquisas oficiais apontam para a violência enquanto um grave problema de Saúde Pública no Brasil em suas infindáveis formas de manifestação. Dentre essas, a violência intrafamiliar e baseada em gênero tem sido foco de atenção de instituições públicas, organizações da sociedade civil e movimentos autônomos desde meados da década de 80.

Mais recentemente, o problema da violência nos contextos urbanos tem vitimizado, sob vários aspectos, fundamentalmente os indivíduos mais jovens do sexo masculino: a violência que germina do crime organizado em torno do tráfico de drogas; a violência policial daí decorrente; a violência intrafamiliar e a violência baseada em gênero.


Homens Jovens entre vítimas e autores de violências

Violência entre os homens jovens
Entre 1979 e 1996 morte por homicídios e outras violências teve aumento de 135%1. Somente em 1996 35% das mortes de jovens tiveram como causa mortes por causas violentas, enquanto para o conjunto da população essa taxa foi de 6,4%. Apesar de no Brasil as taxas de suicídios se manterem muito baixas em relação às outras causas de morte, pesquisas internacionais indicam que o suicídio está entre as três primeiras causas de morte entre os homens jovens (três vezes mais homens jovens se suicidam em relação às mulheres jovens).2

Violência contra os homens jovens
Uma pesquisa3 realizada na primeira metade da década de 90 confirma que a criminalidade letal no Rio de Janeiro tem como principais vítimas os homens jovens (em 1992 os homens jovens – entre 18 e 29 anos – representavam 20,38% da população carioca e 57,7% de homicídios dolosos).

Violência Masculina nas relações interpessoais
A mesma pesquisa indicou que os tipos de conflitos, uso de armas e local do crime que qualificam o homicídio são diferenciados por gênero e grupo etário.
Quando os homicídios são referidos a conflitos interpessoais a porcentagem da amostra foi de 19,3% para os homens e 26,3% para mulheres.

Algumas pesquisas4 no Rio de Janeiro sobre violência masculina sob o enfoque dos homens confirmaram algumas noções acerca da assimetria nas relações de gênero com recurso à violência como forma de resolução de conflitos a partir dos dados sobre violência física, psicológica e sexual.

Numa avaliação do Projeto Piloto Penas Alternativas para Homens Autores de Violência Intrafamiliar foram analisadas 67 respostas de homens que cumpriam pena alternativa por agressão à parceira íntima. Os resultados5: 76,1% usou de violência psicológica em média 2,9 vezes contra suas parceiras; 82,1% usou de violência física em média 3,3 vezes e 35,8% usou de violência sexual 0,7 vezes contra a parceira íntima. Esta pesquisa inspirou uma pesquisa de maior fôlego com uma amostra de 749 homens entrevistados. Os resultados6: 25,5% já usaram de violência física contra parceira íntima (ou seja, 1 em cada 4 entrevistados admitiu já ter agredido uma mulher); 17% usaram violência sexual e 40% admitiram já ter agredido psicologicamente.

Acredita-se que cada tipo de manifestação de violência, apesar de raízes comuns, tem especificidades próprias e, portanto, merecem elaboração e intervenção adequadas na sua abordagem seja direta ou indireta.
As abordagens sobre o problema até agora indicaram que as diferentes formas de violência que vitimizam principalmente homens demandam refletir sobre a socialização masculina e sua relação com a violência, a aceitação social da violência como expressão de emoções para os homens; a cultura do “poder” masculino nas relações familiares e de gênero; a imposição deste “poder” nas resoluções de conflitos com mulheres e outros homens.

Um primeiro passo para romper com esta “cultura de poder masculino” é a apreensão da masculinidade enquanto uma experiência que se constrói durante a vida, através das relações sociais, e, transversalizada à etnia, classe social e contexto sócio-econômico.



















Diante destas constatações, hoje se sente a necessidade de as diversas instituições que trabalham com a questão da violência masculina criarem redes de atuação conjunta com o objetivo de sensibilizar e mobilizar instituições e os homens no engajamento pelo fim da violência contra mulher.

Instituições como o ECOS – Comunicação em Sexualidade (SP); CES – Centro de Educação para Saúde (Santo André – SP); Pró-Mulher (SP) e Programa PAPAI (Recife) e Instituto Promundo (RJ)–estão engajados em promover a mudança de atitudes e comportamentos dos homens para que:

a)participem como aliados nas iniciativas para eliminar a violência contra mulheres;
b)não fiquem calados diante desta violência;
c)usem outras formas para resolver conflitos ao invés da violência.




* Soraya Oliveira é consultora do Instituto Promundo e mestre em Serviço Social pela UERJ

Papel da comunicação

Até onde vai o papel da comunicação massiva

Os meios de comunicação massivos despertaram países para uma linguagem em comum e promovem tendências de forma generalizada. Talvez, este tenha sido o principal interesse de governos para utilizar os meios massivos de comunicação com o objetivo de informar a população sobre suas estratégias sociais. Campanhas de prevenção de acidentes de trânsito, transmissão do HIV/AIDS, trabalho infantil, entre outros, disponibilizam para toda a população a realidade do problema e formas de resolvê-los a partir de mudanças de comportamento. No entanto, o que acontece quando a população já se encontra bem consciente deste problemas e formas de preveni-los, mas a realidade social continua a mesma? Ou seja, elevados números de acidente de trânsito, elevadas taxas de transmissão do HIV/AIDS, etc.

De acordo com um novo entendimento sobre a realidade social, o problema não mora na "normalidade" do comportamento de toda população, mas na anormalidade de alguns segmentos específicos. Um conceito inovador vem sendo trabalhado nos últimos anos sobre a necessidade de "normalizar" a curva de comportamentos sociais. Esse princípio vem da constatação de que sempre haverá a probabilidade estatística de 5% dos comportamentos estarem fora do intervalo de confiança para toda a população. Em termos estatísticos, isso quer dizer que há 95% ou 4 sigma de confiança de comportamentos preventivos estarem sendo seguidos pela população. Sendo assim, o "estrago" que esta situação pode causar é muitas vezes devastadora. Motoristas, por exemplo, fora do intervalo de confiança de comportamentos, que decidem dirigir embriagados podem causar sérios danos a ele/ela mesmo(a) como também a um número significativo de pessoas que se encontram no intervalo de confiança de comportamentos. É importante ressaltar ainda que se a probabilidade estatística aumentar para 10% ou 15% com redução da cobertura de sigmas, sistemas importantes de saúde, previdência e educação podem simplesmente entrar em convulsão.

Seis sigmas (99.9997%) é o intervalo de confiança que indica que praticamente 100% dos comportamentos estão dentro de um intervalo de segurança estatístico. Sendo assim, é responsabilidade dos governos, sociedade civil e empresas tentar atingir este grande desafio. No entanto, campanhas massivas atingem exatamente quem já se encontra próximo ao intervalo de confiança da população, mas não quem está fora dela. Neste sentido, a aplicação de estratégias de segmentação são mais consistentes e identificam com clareza qual a mudança de comportamento para uma segmento específico que poderá trazer benefícios sociais mais significativos.

É importante ressaltar, no entanto, que a era dos "seis sigmas" na área social está apenas começando. Serão necessários recursos para a implementação de novos sistemas de coleta de dados e análises estatísticas. Além disso, deverá ser priorizado o uso eficiente de técnicas de gestão social, indo muito além da elaboração de uma campanha social. Fazendo uma pequena analogia, campanhas massivas de comunicação representam apenas uma limpeza superficial em todas as "laranjas" (comportamentos) de uma grande caixa, porém não contribuem para a identificação e retirada das "laranjas podres" (comportamentos anti-sociais).

Inclusão Escolar

Sabemos que são os seres humanos que fazem a história. Somos nós que transformamos as condições sociais, mudamos o mundo e nos modificamos, com nossas iniciativas, nossos acertos e nossos erros.


Mas sabemos também que não influímos todos no mesmo nível e com a mesma profundidade sobre o movimento da história: alguns indivíduos ou grupos de indivíduos se destacam num exercício de liderança que lhes confere um papel especial. Mas sabemos também que a ação desses líderes não é arbitrária, eles não são motivados por ímpetos gratuitos, e se tornam líderes justamente porque atendem a uma demanda socialmente significativa.


A partir da constatação de que a escola reproduz o mundo de forma capenga e deturpada. Considerada um marco na busca da educação inclusiva, A Declaração de Salamanca, assinada por 92 países, o Brasil não esteve presente, durante a Conferência Mundial sobre Educação para necessidades Especiais, em 1994 na Espanha, prega a necessidade de se reconhecer que a escola para todos é “um lugar que inclua todos os alunos e celebre a diferença”.


Hoje são 5.000 estudantes com necessidades especiais integrando-se em 567 escolas da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, mais da metade das 1.029 unidades escolares municipais. Fica para nós a questão: Até que ponto a escola brasileira e em especial as escolas municipais do Rio de Janeiro, estão preparadas para receber e desenvolver um projeto de educação inclusiva? Será que inclusão significa apenas ocupar o mesmo espaço físico?


A escola está estruturada para trabalhar com a homogeneidade, mas esta não é a realidade que compõem a diversidade de pessoas carregadas de traços comuns, mas sobretudo diferenciados. Logo estamos diante de uma nova realidade que inclui, mas tem a diferença como sua marca.



II. A inclusão escolar


A educação inclusiva se caracteriza como processo de incluir os portadores de necessidades especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino, em todos os seus graus, pois nem sempre a criança que é portadora de necessidades especiais (deficiente), apresenta distúrbio de aprendizagem, ou vice versa, então todos esses alunos são considerados portadores de necessidades educativas especiais. Fonseca (1991) descreve os tipos de deficiência e suas características gerais:


” ..., a criança com paralisia cerebral apresenta essencialmente um problema de envolvimento neuromotor. Do mesmo modo, a deficiência mental apresenta uma inferioridade intelectual generalizada como denominador comum. Por um outro lado, na criança deficiente visual ou auditiva, o problema situa-se ao nível da acuidade sensorial. No que respeita à criança emocionalmente perturbada esta apresenta um desajustamento psicológico como característica comportamental predominante.” (p.27)


Para essas crianças é necessário que se desenvolva uma prática educacional mais específica no sentido de ampliar as suas capacidades. Para cada deficiência é enfatizado um tipo de cuidado no trabalho educativo. As crianças com deficiências receptivas ou sensoriais que é o caso dos deficientes auditivos e visuais, devem ser educados com mais atenção, para que não haja alteração na sua aprendizagem, é importante distinguir nesta deficiência até que ponto ela irá interferir na aprendizagem ou não. Já a portadora de deficiência integrativa ou intelectual, que é o caso da deficiência mental, que é uma lesão cerebral e pode ser dividida em mínima, ligeira ou severa; a dificuldade de aprendizagem, são problemas que irão levar essas crianças a terem um desajuste na aprendizagem. A deficiência expressiva é aquela que se limita às áreas motoras e verbal, enquanto a área motora afeta as praxias globais e fina, na área verbal há uma falta de conduta motora quanto ao aparelho fonador, esta multideficiência resulta da paralisia e descoordenação dos centros motores cerebrais, causando assim problemas de comportamento e aprendizagem. A LDB nº 9394/96 em seu Artigo 58 diz que entende-se:


“Por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.”


Logo, a lei determina que a Educação especial deve ser oferecida na rede regular de ensino, gerando uma modificação nos estabelecimentos de ensino e no sistema educacional.


Discutir educação no século XXI supõem uma atitude crítica frente aos exageros da sociedade do conhecimento, é preciso situar a importância da educação na totalidade dos desafios e incertezas de nosso tempo, portanto, pensar em educação inclusiva é um dos nossos desafios, mas contudo, não podemos e nem devemos desprezar, as questões pertinentes a sua prática no seio da nossa sociedade escolar. “A Declaração de Salamanca”, retomou a discussão sobre educação especial na perspectiva de minimizar os abismos entre os humanos, partindo do pressuposto de “Educação para Todos“, que vem sendo defendido mundialmente pela UNESCO. Mas Glat (1998, p.45) aponta alguns problemas entre o discurso e a prática na social da educação para a integração, afirmando que:


“ Apesar da integração dos portadores de deficiência ser o discurso dominante na Educação especial no mundo todo, direcionando programas e políticas educacionais e de reabilitação, esses indivíduos, mesmo aqueles inseridos no sistema regular de ensino ou em empregos competitivos, continuam, na grande maioria dos casos socialmente isolados dos seus colegas não deficientes.
(...) o problema não é, em sua essência, de natureza legal ou ocupacional, mas sim de natureza relacional, e somente sob esse prisma pode ser melhor compreendido, e quem sabe, minimizado.
(...) a questão da integração dos deficientes envolve antes de mais nada o relacionamento entre essas pessoas e os considerados normais “.


Com efeito o contato que passamos a Ter com outras formas de pensar e agir, nos colocam frente a mudanças e alterações na constituição da sociedade, implicando em mudanças também na constituição psíquica do homem. A educação inclusiva levará a transformação da representação da criança e do jovem sobre a deficiência, pois educando e crescendo junto aos “diferentes”, compreenderá a heterogeneidade, já que o trabalho é sempre voltado para a homogeneidade. Para nada se leva em conta a diversidade humana, esta é o eixo ético do ser humano, é difícil falar de ética com alguém totalmente diferente de você. E esta vivência acredita-se que a escola tem que propiciar ao cidadão, senão não é escola.


A inclusão é consequência de uma escola de qualidade, isto é uma escola capaz de perceber cada aluno como um enigma a ser desvendado. O que percebe é que a criança com deficiência, na escola inclusiva hoje denuncia a falência do sistema escolar, e a má gestão escolar. O que se verifica é que os professores não sabem o que fazer, o que denuncia uma formação continuada inadequada ou inexistente do professor; outro ponto de dificuldade é a falta de relacionamento da escola com a família, a escola ainda encontra-se muitas vezes fechada à comunidade para discussão da perspectiva inclusiva. Essas entre tantas outras situações inadequadas no sistema brasileiro escolar, tem representado apenas a abertura das portas das escolas para educação inclusiva. Acreditamos que isto é muito pouco embora signifique uma nova atitude.


Dentro deste contexto observa-se que muitos portadores de deficiência vivem em forma de isolamento social, pois vivem dentro da estrutura familiar e estas costumam segregá-los, fazendo com que eles fiquem esquecidos, ao invés de incluí-los. A crítica ao sistema de ensino brasileiro, é que o princípio da integração é utilizado, mas para constituir classes especiais em escolas regulares, ou seja, apóia-se a educação inclusiva, mas as crianças portadoras de deficiência e as ditas normais continuam excluídas das oportunidades de integração, convivência e inclusive de afeto.


As escolas inclusivas devem atender a todos, a Declaração de Salamanca diz que:


“7. O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em que todos os alunos devam aprender juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem. As escolas inclusivas devem reconhecer e satisfazer as necessidade diversas dos seus alunos, adaptando aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios de serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola.”


Cabe então a escola criar estratégias para incluir esses alunos com necessidades especiais no ensino regular, reconhecendo as necessidades individuais de cada um. È importante que a mesma junto aos seus profissionais aceite as novas estratégias de ensino. Diferente de muitos outros países a inclusão no Brasil ainda está engatinhando, o sucesso escolar é não só um mérito dos alunos, mas também dos professores, que de uma maneira ou de outra deverão criar metodologias e estratégias de ensino para as crianças com necessidades especiais, mas em alguns casos para que esses professores consigam atingir os seus objetivos é necessário que se tenha um serviço de apoio funcionando, que em parágrafos da LDB no artigo 58 quando diz que:


”1º Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.”


Será que os professores estão sendo apoiados, para que de fato possam trabalhar na perspectiva da educação inclusiva sem prejudicar o desenvolvimento dos alunos? Até que ponto o atraso e a lentidão na aprendizagem podem gerar uma insatisfação, um fracasso e até mesmo uma evasão de alunos da escola. Dar -se aí o papel das escolas e dos professores, de levar os aluno a aprender a viver socialmente, pois a escola é um espaço de transformação social, seja ela para crianças portadoras de necessidades especiais ou não.


Segundo Ceccon (1993, p.82), “... a escola está dentro da sociedade, quando mexemos na escola, estamos mexendo na sociedade.” Acredita-se que, a partir da escola inclusiva haverá uma maior aceitação das crianças com necessidades especiais pela sociedade, não se pode mais ignorar a urgência de universalização da cidadania, que, por sua vez, requer uma nova ética e, por conseguinte, uma escola de educação e cidadania para todos.



III. Como fica a Educação Física Escolar?


A educação física escolar, até décadas atrás apresentava um modelo em que o físico (corpo), a aptidão física e desempenho era o mais importante, desprezando muitas vezes os aspectos sociais, cognitivos e afetivos. O relevante dentro das aulas de educação física escolar era o Esporte-Rendimento, ou seja, o aluno deveria apresentar um bom desempenho e habilidades não só nas aulas, mas também nos jogos e em determinadas modalidades esportivas, levando o aluno a ser quase um atleta. Desta forma a educação física escolar apresentava um modelo excludente, por apresentar aulas com métodos de ensino por repetição, o que tornava essas mais monótonas, sem uma preocupação com a participação de todos os alunos.


Com os avanços teóricos na Educação, e também na Educação Física, novas abordagens vêm surgindo, e a LDB e os Parâmetros Curriculares Nacionais, vêm contribuindo para levar a disciplina a um lugar de destaque na “ formação de cidadãos críticos, participativos e com responsabilidades sociais”. Porém, com todos estes avanços na Educação física escolar ainda está enraizado um modelo Biológico de homem, e muitos profissionais ainda estão preocupados com o corpo e suas capacidades fisiológicas, mantendo-se assim educação física ainda muito seletiva.


A LDB em seu artigo 26 no parágrafo 3º diz que a Educação física está integrada a proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando -se às condições da população escolar. Então como pode a Educação física partir de um modelo seletivo? Seria ela capaz de ter um comportamento excludente potencializado?


Segundo os PCNs, que é um documento que traz subsídios para os profissionais da área de educação física, onde a proposta curricular é incluir os temas transversais nas aulas, que são Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Pluralidade Cultural e Orientação para Trabalho e Consumo, o professor deve estimular uma reflexão, e assim contribuir para uma visão crítica da disciplina dentro do meio social, assim sendo a educação física reflete uma mudança no seu objetivo onde um deles é formar cidadãos e não formar atletas, tendo visto que um de seus principais objetivos no ensino fundamental é que os alunos sejam capazes de:


. participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características, físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características, pessoais, físicas, sexuais ou sociais;


Com isso as aulas de Educação física devem propiciar aos alunos através de atividades corporais uma atitude construtiva com os portadores de necessidades educativas especiais, possibilitando uma atitude de respeito, aceitação e solidariedade.


O professor de Educação física deve desenvolver as potencialidades de seus alunos, portadores de necessidades educativas especiais e não excluir das aulas, muitas vezes, sob o pretexto de preservá-los. A escola opta por dispensá-los da educação física, por considerar professor despreparado para dar aula para esses alunos. Este por receio, por pouca remuneração achando que para dar aula dentro da educação inclusiva tem que ter uma melhor remuneração, e que ele está sendo pago para dar aula para “alunos normais” e não para pessoas portadoras de deficiência com traços fisionômicos, com alterações morfológicas, problemas psíquicos, ou com problemas de coordenação que acabam se destacando das demais.


Assim sendo, a solução para o professor ou para a escola, nem sempre é o melhor para o aluno, antes de tomar uma atitude achando que irá expor o seu aluno a uma situação de vergonha perante aos outros, deve-se descobrir se o aluno gostaria de participar das atividades junto com os colegas. Essas atitudes acabam sendo complexas, no que diz respeito em aceitar as modificações, que irão partir de experiencias vivenciadas ao longo do tempo.


Partindo do princípio que um dos objetivos gerais de Educação física no ensino Fundamental é que a criança através de atividades corporais conheça a si próprio e aos outros e principalmente que respeite as individualidades, para Seybold (1994)


“Quanto mais claramente se considerar a missão educativa da educação física, tanto mais importante se tornarão os fatores psíquicos, a evolução da forma de aprender e pensar da criança, dos interesses dos jovens, das formas de ação e de sociabilidade .”(p.18)


A Educação física escolar como diz Seybold, partindo do princípio de adequação à criança, deve favorecer a mesma, um pleno desenvolvimento, de acordo com a sua necessidade e a sua capacidade de aquisição de movimentos, pois parte do princípio que elas tem necessidade natural de movimento. Então o professor não pode dispensar a oportunidade destes alunos em participar da aula, pois mesmo o aluno sendo deficiente físico, mental, auditivo, visual, múltiplas e até mesmo apresentando condutas típicas (que são os portadores de síndromes, quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos) eles têm necessidades de fazer atividades que desenvolva a sua relação social, motora e afetiva.

Educação física, Inclusão, Deficiência, Sociedade

A Educação Inclusiva é hoje um dos desejos de uma sociedade que ainda estigmatiza e discrimina seus deficientes. Maior dignidade, respeito e integração é o que hoje a educação inclusiva brasileira vai procurar propiciar a sua sociedade. Seu maior desafio é transformar a mentalidade preconceituosa instalada, desencadeando um movimento coletivo capaz de ao longo dos anos, através da ação de profissionais da educação, mudar este quadro.
Desta forma alterações e superações na Educação física escolar, será preciso, pois ela era oferecida nas escolas para portadores de necessidades educativas especiais, como educação física especial ou adaptada. E nas escolas para alunos “normais” como uma educação física referenciada na biologia e seletividade. E agora com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Educação física deverá ser oferecida de acordo com as necessidades do aluno seja ele deficiente ou não, o que vem a alterar de forma sensível e significativa seu olhar para o mesmo.
A partir desta nova realidade apresenta-se este artigo com a finalidade de levantar algumas questões relativas a práxis pedagógica da Educação Física Escolar inclusiva, dialogando sobre as possíveis dificuldades que docentes e discentes podem apresentar, neste novo panorama da educação inclusiva. Para tal realizou-se um estudo de abordagem onde foram ouvidos 16 professores de Educação Física da rede pública e particular do município do Rio de Janeiro. Analisando-se o discurso destes informantes observou-se uma dificuldade dos mesmos que embora tenham muita experiência na área escolar, ainda não estão demonstrando compreensão do conceito que se trabalha hoje sobre o que são fato alunos Portadores de Necessidades Educativas Especiais.
Unitermos: Educação física. Inclusão. Deficiência. Sociedade.

terça-feira, junho 14, 2005

Aprenda a editorar jornais escolares - Impressos na Educação

A turma acadêmica instalou o programa OPENOFFICE.ORG seguindo o passo-a-passo do CD de instalação. Após a instalação, a turma abriu o programa e começou a manuseala, utilizando todos os recursos possíveis do programa.
Abrimos um modelo de jornal para que possamos aprender a utilizar, seguindo passos como:
1- Abrimos o arquivo modelo de jornal
2- Salvamos o documento jornal como exercícios
3- Procuramos conhecer a linguagem do programa para vários fins.

Após o terceiro passo, a professora comentou sobre a migração da Faced de software proprietário para software livre. Pediu um impresso sobre a migração da Faced, para quem se destina, publico alvo... E falou que no dia 30/06/05 vai ter na faculdade de educação uma sinalização de software livre onde a turma vai publicar o jornal cujo o tema é a Migração da Faced.

Os impressos é muito importante para qualquer que seja o ramo de atividade, principalmente na área de educação. Os impressos é meio de divulgar, discutir, debater e interagir dependendo do assunto a ser divulgado e questionado.

São Materiais impressos
- livros
- revistas
- colecções de recortes e brochuras
- posters
- Jornais

Materiais não impressos
- cassetes áudio
- CDs
- multimedia (CD-ROMs, CDI)
- software
- cassetes vídeo
- consolas e jogos electrónicos
- acesso a redes electrónicas locais, nacionais e internacionais

quarta-feira, junho 08, 2005

Interatividade

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO II
INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA À EDUCAÇÃO
Vinicius Silva


INTERATIVIDADE


Interatividade é um caso específico de interação, a interatividade digital, compreendida como um tipo de relação tecno-social, ou seja, como um diálogo entre homem e máquina, através de interfaces gráficas, em tempo real. Entretanto, para Lévy (1999:82) "a interatividade assinala muito mais um problema, a necessidade de um novo trabalho de observação, de concepção e de avaliação dos modos de comunicação do que uma característica simples e unívoca atribuível a um sistema específico", não se limitando, portanto às tecnologias digitais.
Assim, nossas discussões giraram em torno da distinção entre interação e interatividade; as perguntas fluíam, umas entrelaçadas noutras.
Esse conceito de interatividade é bem mais recente que o conceito de interação, o qual vem sendo utilizado nas mais variadas ciências como "as relações e influências mútuas entre dois ou mais fatores, entes, etc. Isto é, cada fator altera o outro, a si próprio e também a relação existente entre eles" (Primo & Cassol, 1999). Já o termo interatividade surgiu no contexto das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC), com a denominada geração digital. Entretanto, o seu significado extrapola esse âmbito. Para Silva (1998:29), a interatividade está na "disposição ou predisposição para mais interação, para uma hiper-interação, para bidirecionalidade - fusão emissão-recepção -, para participação e intervenção". Portanto, não é apenas um ato de troca, nem se limita à interação digital. Interatividade é a abertura para mais e mais comunicação, mais e mais trocas, mais e mais participação. É a disponibilização consciente de um mais comunicacional de modo expressivamente complexo, e, ao mesmo tempo, atentando para as interações existentes e promovendo mais e melhores interações - seja entre usuário e tecnologias comunicacionais (hipertextuais ou não), seja nas relações (presenciais ou virtuais) entre seres humanos. (Silva, 1999:155). Essa abertura a um "mais comunicacional" pode e deve ocorrer em todas as formas de relação, sejam elas presenciais ou não, estejam elas utilizando tecnologias hipertextuais ou não, visto que essa predisposição é inerente ao ser humano. A nossa postura frente a uma sessão de cinema, por exemplo, mostra a necessidade que temos de querer retroceder, voltar, adiantar, para que possamos analisar alguma coisa que não entendemos ou saltar algo que não nos interessa, de acordo com a nossa vontade. Apesar do vídeo oportunizar esse avançar e retroceder, expressando algum nível de intervenção, isso ainda não satisfaz a necessidade que temos de redirecionar o fluxo comunicacional.
Essas possibilidades advindas com os avanços tecnológicos, apesar de não transformarem o vídeo, a TV, o rádio, em meios interativos, nos instigam a querer transgredir a lógica de comunicação tradicional, unidirecional, predefinida, massiva. Se podemos perceber essa inquietação nos adultos que pertencem à geração da TV, mais acostumados à recepção passiva, o que podemos dizer da nova geração que nasce imersa no contexto das NTIC, onde a lógica comunicacional é a da interatividade?


Para a educação, a compreensão desses conceitos e contextos é de fundamental importância, uma vez que a relação pedagógica é uma relação entre seres humanos imersos numa determinada cultura, por isso mesmo transformadores dela. Logo, a todos os sujeitos da educação deve ser oportunizada essa abertura a um "mais comunicacional".
Há uma crescente utilização do adjetivo "interativo" para qualificar qualquer coisa (computador e derivados, brinquedos eletrônicos, eletrodomésticos, sistema bancário on-line, shows, teatro, estratégias de propaganda e marketing, programas de rádio e tv, etc.), cujo funcionamento permite ao usuário-consumidor-espectador-receptor algum nível de participação, de troca de ações e de controle sobre acontecimentos. Podemos dizer então que há uma indústria da interatividade em franco progresso acenando para um futuro interativo.
As tecnologias digitais renovam a relação do usuário com a imagem, com o texto, com o conhecimento. São de fato um novo modo de produção do espaço visual e temporal mediado. Elas permitem o redimensionamento da mensagem, da emissão e da recepção. Na modalidade comunicacional massiva (rádio, cinema, imprensa e TV), a mensagem é fechada uma vez que a recepção está separada da produção. O emissor é um contador de histórias que atrai o receptor de maneira mais ou menos sedutora e/ou impositora para o seu universo mental, seu imaginário, sua récita. Quanto ao receptor, seu estatuto nessa interação limita-se à assimilação passiva ou inquieta, mas sempre como recepção separada da emissão.
Na modalidade comunicacional interativa permitida pelas novas tecnologias informáticas, há uma mudança significativa na natureza da mensagem, no papel do emissor e no estatuto do receptor. A mensagem torna-se modificável na medida que responde às solicitações daquele que a consulta, que a explora, que a manipula. Quanto ao emissor, este assemelha-se ao próprio designer de software interativo: ele constrói uma rede (não uma rota) e define um conjunto de territórios a explorar; ele não oferece uma história a ouvir, mas um conjunto de territórios abertos a navegações e dispostos a interferências e modificações, vindas da parte do receptor. Este, por sua vez, torna-se "utilizador", "usuário" que manipula a mensagem como co-autor, co-criador, verdadeiro conceptor. Essa mudança estrutural da pragmática comunicacional não ocorre simplesmente porque o computador tornou-se conversacional. Neste caso, o que se pode dizer é que o computador conversacional é o marco definitivo dessa modificação paradigmática da comunicação. É reducionismo dizer que a evolução tecnológica e conceptual do computador conversacional é resultado do investimento capitalista em diversificação e sofisticação do produto (computadores) para conquistar mais mercado. Para evitar tal reducionismo é preciso considerar que a tendência geral da sociedade é a informação, a comunicação - como sustentam os teóricos da "sociedade de informação" -, e que a sociedade transita da lógica da distribuição para a lógica da comunicação. Considerando-se esse horizonte mais amplo, pode-se ter como previsível e indexado o investimento maciço dos capitalistas em comunicação, em informação. Daí tornar-se igualmente previsível e indexada a evolução das tecnologias de comunicação que passam a disponibilizar um mais comunicacional, ou seja, tornando-se conversacionais, interativas. Portanto, quando a tendência do social é a informação, a comunicação, quando os investimentos em novas tecnologias comunicacionais são cada vez mais intensos, e quando essas tecnologias evoluem para o mais comunicacional, tem-se aí as bases de uma modificação estrutural da comunicação e não simplesmente do computador conversacional engendrado pelo capitalismo, simplesmente, como causa e efeito.
As tecnologias digitais tendem, por sua vez, a contemplar as disposições da nova recepção. Elas permitem a participação, a intervenção, a bidirecionalidade e a multiplicidade de conexões. Elas ampliam a sensorialidade e rompem com a linearidade e com a separação emissão/recepção. Sua disposição à interatividade permite ao usuário ser o ator, ser o autor, "cujas capacidades imaginativas e criativas podem se revelar de uma complexidade, de uma riqueza notáveis, sem lhe proibir nem a contemplação nem a meditação".[1] Sua disposição interativa permite que em seu passeio livre, o espectador possa "organizar sua própria duração e o conteúdo do seu programa. (...) Cada um estabelecendo seu próprio discurso na profusão de possíveis será o detentor de uma combinatória única."[2] Cada um podendo ver, ouvir, ler, gravar, voltar atrás, ir a diante, enviar, receber e modificar conteúdos e mensagens entendidos como espaços de intervenção, de negociação inacabados. Cada um experimentando não mais a disjunção da emissão/recepção, mas a co-autoria.
A interatividade não emerge somente na esfera técnica. Emerge também na esfera social. A pregnância das tecnologias interativas ocorre não apenas por imposição da técnica e do mercado, mas também porque contemplam o perfil comunicacional do novo receptor. Este, por sua vez, vem aprendendo a não passividade diante da emissão desde o controle remoto. A prática do zapping vem cultivando o interesse do usuário em interferir na informação que recebe via TV. Ele quer construir seu próprio programa saltando de um canal para outro. Certamente que neste caso não há interatividade, uma vez que zapear não modifica o conteúdo da mensagem, apenas embaralha fragmentos dados, mantendo ainda a posição passiva do consumidor. Mas a prática de saltar de canal em canal compondo uma linearização alternativa não apenas criou este hábito, veio atender ao interesse do receptor incapaz de acompanhar argumentos lineares e daquele que não tolera programação manipulativa. Em suma: o controle remoto responde ao interesse dos públicos, ele não apenas se impõe; este pensamento vale também para a interatividade disponibilizada pela infotecnologia.
Mobilizada e/ou despolitizada, a participação-intervenção dos públicos encontra nas tecnologias interativas cadeias aleatórias complexas de fluxos e flutuações sobre os estados e as coisas. Encontra o crescimento da trama tecnológica gerando ameaças proporcionais às esperanças de bem-estar. As populações passam a operar tecnologias interativas que podem significar abertura para mais e melhores interações. Ainda assim, elas podem dispor mais do algoritmo combinatório e saber menos como ampliar seu horizonte de possibilidades na perspectiva de um presente e de um futuro menos ameaçados.
O papel do professor passa a ser ainda mais importante do que o papel do facilitador ou do transmissor, seja ele crítico ou não. O professor necessita trabalhar num contexto criativo, aberto, dinâmico, complexo. Em lugar da adoção de programas fechados, estabelecidos a priori, passa a trabalhar com estratégias, ou seja, com cenários de ação que podem modificar-se em função das informações, dos acontecimentos, dos imprevistos que sobrevenham no curso dessa ação (Morin, 1996:284-5). Isso implica trabalhar com incertezas, com complexidades. Na relação professor-aluno-conhecimento deve estar presente a interatividade, não como consequência da presença das novas tecnologias, mas como foco, como uma característica, um requisito, para a construção do conhecimento. Nesse contexto, institui-se uma nova dinâmica: o trabalho do professor intensifica-se, estrutura-se uma nova relação pedagógica e exige-se uma nova plataforma de trabalho, uma nova organização da escola, uma nova competência técnica e política dos professores.
A interatividade é uma característica relevante no atual contexto tecnológico. Associada à comunicação, seu significado tem origem na possibilidade de se estabelecer um relacionamento simultâneo entre o homem e os diversos ambientes que o cercam provocando reconfigurações mútuas. A interatividade pode ser determinada sob vários aspectos de relacionamentos. Atualmente, o avanço da tecnologia e da comunicação deram maior vida a este conceito fazendo com que ele passasse a ser usado de forma indiscriminada, livre, mantendo relação pouco estreita com a verdadeira acepção do termo. Interatividade passa a se usada mais como um apelo de venda do que como um vocábulo descritivo da relação assumindo várias vezes significados incorretos, confundindo-se com outros elementos tecnológicos como interface e multimídia.
Entendendo a interatividade como um processo simultâneo entre dois agentes em direção a um mesmo objetivo, capaz de provocar mudanças comportamentais entre estes agentes, fica fácil enxergar sua importância dentro do contexto atual. O computador, agente fundamental nas relações sociais contemporâneas têm permitido o estabelecimento de interações múltiplas identificadas pelos relacionamentos homem-máquina , máquina-máquina. homem- técnica etc.. Mas , o processo de interação usuário-computador é construído principalmente pela utilização das interfaces apresentadas nos softwares. E para que esta interação aconteça da melhor maneira possível é necessário que a construção destas interfaces sejam aprimoradas, trabalhadas de forma a proporcionar maior poder de diálogo, instantaneidade de respostas e alterações nos comportamentos dos agentes envolvidos.
Estas características por certo, irão fazer da interatividade um processo cada vez mais almejado na construção de relacionamentos. A educação, segmento onde este conceito tem sido explorado de forma significativa reconhece que a interatividade facilita a aprendizagem . Neste setor, os diversos recursos tecnológicos como as interfaces, a multimídia , a web, têm sido utilizados de forma a facilitar cada vez mais as práticas interativas.
Mas é necessário observar que os processos interativos só apresentarão resultados positivos se estiverem integrados em um contexto estrutural de mudanças diante da vida, do mundo, dos indivíduos de forma aberta e participativa. Integrar é a palavra chave , integrar o humano, o tecnológico, através de relacionamentos capazes de regular as trocas e reconfigurar tanto o mundo interior quanto exterior.
Em razão disto Lévy afirma que "nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em complexidade ao melhor computador, porque pensa, relaciona, sente, intui e pode surpreender. Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes. "(Lévy, pág.).





REFERÊNCIAS

[1] COUCHOT. Edmond. "A arte pode ainda ser um relógio que adianta? O autor, a obra e o espectador na hora do tempo real". In: DOMINGUES, Diana (org.). A arte no século XX: a humanização das tecnologias. São Paulo: UNESP, 1997, p. 142.
[2] RABATÉ, François & LAURAIRE, Richard. "L'interactivité saisie par le discours'. In: Bulletin de l'IDATE. Paris: Centro Georges Pompidou, julho/1985, nº 20, p. P. 57.

Fonte: http://www.senac.br/informativo/BTS/263/boltec263c.htm
(pesquisa realizada em março/2005)

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999.
MACHADO, Arlindo. Anamorfoses Cronotópicas ou a Quarta Dimensão da Imgem. In: Imagem Máquina: a era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

LEMOS, André. Anjos interativos e retribalização do mundo. Sobre interatividade e interafaces digitais.

SILVA, Marco. Que é Interatividade in Boletim Técnico do Senac. Rio de Janeiro, v.24, n.2 maio/ago, 1998

MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. 3a ed., Rio de Janeiro : Bertrand Brasil, 1999.

PRIMO, Alex e CASSOL, Márcio. Explorando o Conceito de interatividade: definições e taxonomias [http://usr.psico.ufrgs.br/~aprimo/pb/pgie.htm] 05/06/00

PRETTO, Nelson. Uma escola sem/com futuro. Educação e Multimídia, Papirus,1996.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência, o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo, Editora 34, 2000

terça-feira, junho 07, 2005

Tecnologia no Ensino - Plano de aula

A professor Adriane pediu que seus alunos fizessem um Planejamento de aula que utilizasse a tecnologia. E aqui estou postando meu plano de aula, que está voltado para alunos do ensino médio na área de Química.


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PLANEJAMENTO DE AULA

PROJETO: Álcool/Etanol

OBJETIVO GERAL:

* Conhecer os malefícios do uso do álcool como bebida utilizando a tecnologia (no contexto virtual).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

* Analisar a obtenção e as reações químicas do álcool no organismo;
* Pesquisar sobre a obtenção do álcool e sua reação química no organismo;
* Dramatizar uma situação que demonstre o mal do álcool em nosso organismo;
* Compreender o mal que o álcool faz para nosso organismo.

PROCEDIMENTOS

* O aluno deverá utilizar um recurso audio-visual para apresentação da pesquisa e publicar em uma revista digital utilizando o software Publish;
* Os alunos discutirá sobre o tema proposto, levantando pontos importantes sobre o álcool em CHAT com a presença do professor da disciplina da instituição e de outras escolas e entre os alunos e outros alunos.
* Fazer a socialização do trabalho com as experiências acima adquirida em sala de aulautilizando um recurso tecnológico - Produção de Vídeo.

RECURSOS MATERIAS

* Jornais;
* TV e Vídeo;
* Cartazes;
* Som
* Livros
* Internet

METODOLOGIA

* Pesquisa
* Produção textual
* Revista Digital
* Produção de Vídeo
* Seminário
* Discussão em CHAT

AVALIAÇÃO
Procesual.
* Produção coletiva
* Diários
* Blog

Utilizando a tecnologia para o ensino - Planejamento de Aula

A professor Adriane pediu que seus alunos fizessem um Planejamento de aula que utilizasse a tecnologia. E aqui estou postando meu plano de aula, que está voltado para alunos do ensino médio na área de Química.


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PLANEJAMENTO DE AULA

PROJETO: Álcool/Etanol

OBJETIVO GERAL:

* Conhecer os malefícios do uso do álcool como bebida utilizando a tecnologia (no contexto virtual).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

* Analisar a obtenção e as reações químicas do álcool no organismo;
* Pesquisar sobre a obtenção do álcool e sua reação química no organismo;
* Dramatizar uma situação que demonstre o mal do álcool em nosso organismo;
* Compreender o mal que o álcool faz para nosso organismo.

PROCEDIMENTOS

* O aluno deverá utilizar um recurso audio-visual para apresentação da pesquisa e publicar em uma revista digital utilizando o software Publish;
* Os alunos discutirá sobre o tema proposto, levantando pontos importantes sobre o álcool em CHAT com a presença do professor da disciplina da instituição e de outras escolas e entre os alunos e outros alunos.
* Fazer a socialização do trabalho com as experiências acima adquirida em sala de aulautilizando um recurso tecnológico - Produção de Vídeo.

RECURSOS MATERIAS

* Jornais;
* TV e Vídeo;
* Cartazes;
* Som
* Livros
* Internet

METODOLOGIA

* Pesquisa
* Produção textual
* Revista Digital
* Produção de Vídeo
* Seminário
* Discussão em CHAT

Corpo, Mídia e Formação na Sociedade em Rede

Na aula do dia 04/06/2005 a professora Adriane levou seus alunos, inclusive eu, para assistir um seminário que fazia parte de uma disciplina da pós-graduação cujo o tema foi "Corpo, Mídia e Formação na Sociedade em Rede: vozes multirreferenciais na educação que foi apresentados pelos pós-graduandos Maristela, Damião, Valdirene.
O seminário discutiu conceito de corpo, mídia. A equipe comentou a relação da tecnologia com o curso, o que é sociedade virtual e sua relação com a tecnologia mediática.
Foi muito bom ter assistido, pois desconhecia vários conceitos citados na apresentação do seminário, por exemplo, a relação da tecnologia com o corpo. Assim, eu posso estar aprendendo sobre o tema. Estou sempre disposto e curioso em aprender o novo, obter informações possibilitando assim um saber a mais.
"Atualmente, a tecnologia midiática tem influenciado o sujeito a ser consumista". Achei coerente essa afirmação, é isso que sempre ocorre, utilizar a tecnologia para fins comerciais.
Como já comentei, gostei muito das discussões a respeito do conceito de corpo x identidade, formação de identidade virtual, ciberispaço, sociedade em rede e comunidade virtual.
A sociedade está cada vez mas na comunidade virtual com CHAT, BLOG, formando uma comunidade virtual. Assim as pessoas constrói ema diferente identidade. Será?

CHAT

Um módulo de conversação online (chat), totalmente automatizado, que facilita a interação entre pesquisadores, estimulando e agilizando a comunicação científica, ou seja, Ambiente de interação para discussões, debates e comentários. Todos os alunos interagem virtualmente, enviando mensagens e lendo a dos colegas em tempo real.
O CHAT hoje está sendo muito utilizado em todas modalidades de ensino, principalmente na educação à distância onde a necessidade é maior.
Em uma das aulas com a Prof. de Introdução à informática à educação a docente Adriane, preparou uma aula onde utilizariamos o CHAT para a discussão do tema Interatividade, tendo participações de várias pessoas da área acadêmica, como: professores doutores, mestres, discentes e docentes. Foi uma experiência muito boa - nunca tinha feito alguma discussão no âmbito acadêmico utilizando CHAT, já utilizei para bate-papo como um entreterimento.
Através do CHAT na educação se pode propor várias discussões em qualquer area do conhecimento seja em Português, Historia, Biologia, Química e outras, permitindo o aluno utilizar tal recurso possibilitando ele uma relação de ensino-aprendizagem através da tecnologia utilizando sala de bate-papo. Assim, qualquer pessoa poderá está conversando virtualmente, levantando propostas, criando e produzindo conhecimento e consequentemente formando uma comunidade virtual.
O CHAT poderá ter várias possibilidades de interação com toda a sociedade virtual no campo da educação, consequêntemente atingindo seus limites.